Carlos Alberto Figueiredo da Silva
Carlos Figueiredo.org
por Carlos Alberto Figueiredo da Silva
O BODE EXPIATÓRIO: A REATUALIZAÇÃO DO RITUAL SACRIFICIAL NO ESPORTE

1



O BODE EXPIATÓRIO: A REATUALIZAÇÃO DO RITUAL SACRIFICIAL NO ESPORTE

  

 

SILVA, Carlos Alberto Figueiredo da ; VOTRE, S. J. . O Bode Expiatório: a Reatualização do Ritual Sacrificial no Esporte. In: II CONFELIRES (Conferência do Laboratório do Imaginário e das Representações Sociais) .Rio de Janeiro: Editora da Universidade Gama Filho, 2003.

E-mail: aotil@yahoo.com

 

RESUMO

O ritual de sacrifício empreendido pela comunidade, no campo do esporte, particularmente, no futebol, é o foco deste trabalho. A intenção é discutir a violência simbólica e o racismo no futebol brasileiro, a partir da análise de representações da mídia. Defende-se a tese de que nas derrotas da seleção brasileira de futebol em Copas do Mundo, verifica-se uma reatualização do ritual sacrificial de vítimas inocentes, com a sua morte simbólica. Com o objetivo de aplacar a ira da multidão enfurecida pela impossibilidade de conquistar o título mundial de futebol, elege-se um bode expiatório. Assim, com esse ritual, restabelece-se a unidade social, pelo menos por algum tempo.

Palavras-Chave: racismo, futebol, etnometodologia, violência simbólica, sacrifício, ritual.

 

ABSTRACT

The focus of this paper is the sacrifice ritual undertaken by de community in the field of sport, particularly in the soccer. The thesis is that in the defeats of Brazilian team in World Cups is verified a re-modernization of the sacrifice ritual of innocent victims with its symbolic death. A scapegoat is chosen with the objective of appeasing the anger of the crowd infuriated by the impossibility of conquering the world title. That ritual recovers the social unit at least for some time.

Key-words: football, symbolic violence, sacrifice, ritual.

 

Nossa civilização, apesar da violência do cotidiano, tem se preocupado com as vítimas, com os excluídos, com aqueles que a própria comunidade vitimizou ou sacrificou. Talvez a herança cristã, mesmo não sendo mais tão cristãos como éramos antes, tenha germinado em nós a preocupação com as vítimas. O fato de Ele ter sido crucificado, em meio às turbulências daquela época, e o arrependimento que se sucedeu, inaugurou um momento ímpar na história da humanidade: a reflexão sobre o ritual de sacrifício presente nas comunidades.

 É nossa sociedade a primeira a se preocupar com as vítimas, e isto por si só demonstra que o caminho da civilização passa necessariamente pela consciência da violência originária no imaginário social. A superação dessa violência originária inaugurará um novo ciclo na história da humanidade.

Ao enviar este trabalho para o II Confelires, temos a intenção de discutir a violência simbólica no esporte, particularmente no futebol brasileiro, a partir da análise de representações da mídia. Ao mesmo tempo em que se apresentam metáforas desclassificatórias, que foram direcionadas a jogadores do futebol brasileiro com a intenção de humilhá-los e sacrificá-los, discute-se também a reflexão da própria mídia em relação a esse processo sacrificial.

 

 

A REATUALIZAÇÃO DO RITUAL SACRIFICIAL

 

A morte moral, em nossa época, tem substituído a morte física no ritual sacrificial. Se observarmos a história da humanidade, no que concerne ao mecanismo de manutenção do equilíbrio social, verifica-se que as religiões arcaicas utilizavam o ritual sacrificial como forma de agradar aos deuses e de manter a ordem interna de suas comunidades. Em muitas ocasiões o sacrifício era humano; em outras, animais e vegetais eram utilizados.

Para René Girard o que é comum a todas as religiões é o ritual.

 

"Acredito que as religiões arcaicas, em particular, e todas as importantes religiões do mundo têm algo em comum. Julgo que isso é muito importante e que pode ser definido. E não creio que a linguagem seja o aspecto mais essencial da religião. O que há de mais importante é o ritual, o sacrifício, que quase sempre significa imolação e morte de uma vítima".[1]

 

            O ponto que gostaríamos de discutir neste congresso é a violência originária que se manifesta na comunidade quando o futebol brasileiro fracassa numa Copa do Mundo. A tese defendida é que nas derrotas, verifica-se uma reatualização do ritual sacrificial de vítimas inocentes, com a sua morte simbólica. O futebol tem se transformado num fenômeno social com características próximas das celebrações religiosas. Para Helal e Gordon, "Em jogos entre rivais tradicionais, por exemplo, os torcedores cantam, reverenciam seus ídolos, símbolos e cores dos times, choram e rezam nos estádios como se estivessem num templo".[2]

Para Girad, as sociedades têm suas estruturas edificadas sobre a matança de inocentes. Com o objetivo de aplacar a ira da multidão enfurecida pela impossibilidade de conciliar, satisfazer e preencher os desejos dos grupos humanos, elege-se um bode expiatório. A vítima é geralmente escolhida entre criaturas isoladas e frágeis que não oferecem perigo de retaliações ou de vingança. Assim, com a morte do bode expiatório restabelece-se a unidade social, pelo menos por algum tempo.

Todas as instituições humanas têm origem no ritual, e o ritual resume-se no sacrifício. Este sacrifício tem por objetivo descarregar sobre algo as frustrações, ódios e tensões acumuladas. No futebol brasileiro acontece um fenômeno semelhante. Busca-se sempre um responsável, um culpado que personifique a derrota; este é um processo de objetivação realizado pela comunidade. Há necessidade de concretização e personificação da derrota. Assim, atribui-se a alguém a culpa. Em muitas situações, a própria vítima inocente assume e incorpora esse papel. Utilizam-se metáforas para realizar o processo de objetivação. Muitos jogadores não são apenas criticados por terem apresentado um futebol de ‘má' qualidade, as críticas vão além do seu papel como jogadores; ferem também o ser humano.[3]

O processo é mimético. Todos querem ser campeões do mundo. Mídia, governo e população se projetam nos jogadores. O mimetismo gera a insatisfação, pois não é sempre que podemos ser campeões do mundo. À insatisfação se associa o ódio e se ameaça o equilíbrio social. O equilíbrio é restabelecido mediante o sacrifício de um inocente. Esse rito ao mesmo tempo encobre e reproduz uma violência. O linchamento faz aflorar o que existe de pior na natureza humana.

Uma metáfora que desclassifique alguém como ser humano o fere nas profundezas e não apenas na superfície. A humilhação de um indivíduo e de um grupo faz parte do processo de dominação. A humilhação, entre os grupos humanos, se dá de diferente formas, mas, principalmente, através de palavras. As idéias precisam das palavras. As palavras são as imagens dos pensamentos e precisam ser pronunciadas para existirem, mas, depois que são ditas, fica-se preso a elas para sempre ou até que haja um processo de conscientização.

            Este estudo é motivado pelo desejo de compreensão e não pelo de acusação ou de denúncia. O  objetivo é analisar a reatualização do ritual sacrificial que é realizado pela mídia, quando da derrota da seleção brasileira de futebol em Copas do Mundo.

Há que se observar na linguagem da mídia as marcas que apontam para a reatualização do ritual sacrificial. Isto não poderá ser realizado se nos contentarmos com a dimensão literal do aparente. A análise das metáforas e do sentido construído socialmente para elas é imprescindível para compreendermos o fenômeno. Muitos dos nossos jornalistas esportivos reproduzem consciente ou inconscientemente uma violência originária. É comum nas transmissões ouvirmos frases do tipo: ‘Este é o jogo da vingança!', ‘O Brasil foi vingado', ‘O Brasil prepara as armas'.

Entretanto, a mídia ao mesmo tempo em que cede ao clamor das ruas, aos apelos de marketing e à celebração do sacrifício, também tem sido um instrumento da civilização quando discute e se preocupa com a vitimização dos inocentes. Analisemos, por exemplo, o caso Barbosa, talvez o maior bode expiatório do futebol brasileiro.

 

 

O BODE EXPIATÓRIO

 

Moacyr Barbosa, goleiro do Brasil na Copa de 50, é considerado um dos maiores goleiros na história do futebol brasileiro. No entanto, o gol de Ghiggia em 16 de julho de 1950, na final entre Brasil e Uruguai, marcou profundamente este jogador e a própria nação. Depois da derrota de 2 a 1 para o Uruguai, Barbosa foi paulatinamente linchado. É curioso notar como antes do fracasso Barbosa era tido como um dos grandes líderes da equipe brasileira.

A busca por um culpado que pudesse personificar a derrota e conseqüentemente aplacar o sentimento de inferioridade que se abateu sobre a pátria naqueles dias, transparece em Paulo Perdigão:"Em busca de um culpado, multiplicaram-se acusações, feitas seja contra os três jogadores brasileiros que participam do lance - Barbosa, Bigode, Juvenal -, seja por esses jogadores entre si".[4]

            Logo após a partida o sentimento era de fraqueza, a multidão não acreditara no que acabara de acontecer:

 

"O jogo encerrou cerca de 16h45min, e a torcida demorou mais de vinte minutos para deixar o estádio. (...) Permanecer o mais possível no estádio, isto é ‘frente ao jogo', era uma modalidade simbólica de fazer perdurar o próprio jogo, e, com ele, a ‘possibilidade de vitória'- ou seja, uma modalidade simbólica de ‘poder não sofrer'.(...) Nos corredores e nas rampas do Maracanã, a multidão movia-se lentamente, agora sim, praticamente calada, a ponto de ouvir-se o arrastar dos passos no piso do concreto, (...) Quase ninguém falava (...) Lembro-me bem da caminhada: todos se deixaram levar irrefletidamente, como um batalhão de mortos-vivos que me cercavam por todos os lados e em cuja alma repousava um desconsolo inerte e gelado".[5]

 

 

O ritual após o jogo é abordado por Arno Vogel a partir de relatos de torcedores. Um desses relatos alude ao ritual de luto: "O desânimo foi como se o Brasil tivesse perdido a mãe-pátria. (...) O estado de desolação tinha algo de delírio. Mas delírio ordenado, uma espécie de transe. Tudo parecia seguir um plano. Era um ritual - o ritual do luto".[6]

Nesse momento todos se uniram na tristeza; esse é um processo mimético, mas seríamos ingênuos em acreditar que a mimese é pacífica. Podemos dizer que imitamos uns aos outros, que desejamos o que os outros desejam, que nosso desejo passa pelo olhar do outro. A sociedade de consumo se aproveita disso - se querem as mesmas coisas, as mesmas coisas lhes serão dadas. Entretanto, o ser humano é conflituoso, pois apesar de desejarmos as mesmas coisas, nunca estamos satisfeitos. Para Girard, o único meio de nos livramos desse conflito é escolhermos um bode expiatório e depositarmos nele nossas frustrações.[7]

Após o ritual de cortejo fúnebre que se seguiu à derrota de 50, um outro ritual se estabeleceu: a escolha de um bode expiatório e o seu sacrifício. O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Mendes de Moraes, foi a princípio o escolhido para "pagar o pato". Ainda no calor da derrota, várias notícias atacavam Mendes de Moraes, pelo fato de ele ter proferido um discurso antes do jogo impondo aos jogadores brasileiros o dever cívico de vencer pela pátria.

 

"O prefeito aumentou-lhes a responsabilidade, trouxe mais encargos sobre seus ombros, aumentou o nervosismo - enfim, enfraqueceu-os. O fato é que não podia perder a oportunidade da demagogia".[8]

"O general excedeu-se a si mesmo. Falou aos jogadores dando toques marciais ao flautim que tem na garganta, para lembrar-lhes a imensa responsabilidade para com a pátria. Aos que se lembram, o espetáculo igualou-se ao de Hitler falando ao pugilista Max Schmeling antes da luta com Joe Louis: era o destino da raça, era o rumo da nacionalidade que estavam em jogo".[9]

           

            Na seqüência dos fatos, a própria raça brasileira é colocada em questão:

 

"Os uruguaios venceram porque tiveram fibra, jogaram com o coração e souberam honrar as suas tradições de campeões do mundo. Venceram porque não se mascaram, porque deram tudo, e não apenas no final, quando as coisas já estavam pretas, como foi o caso do nosso selecionado. Venceram porque têm ‘pinta' de campeões mundiais, não sofrem de complexo de inferioridade, não se atemorizam com torcidas, mesmo quando sejam essas compostas por 200 mil pessoas. E jogam um jogo viril, um jogo de homens, porque futebol é um jogo másculo, onde as amabilidades cedem, na cancha, terreno para jogo duro".[10]

 

            O sentimento de inferioridade do povo, as mazelas da miscigenação alardeadas pela ciência no início do século XX, a impureza da raça, foram fatores que influenciaram as justificativas para a derrota. O drama da derrota ressuscitou as velhas teorias racistas que são parte dominante da ideologia brasileira.[11] Neste momento de ressurgimento das questões raciais, começa a se delinear o bode expiatório que absorverá todo fracasso da nação. Luís Mendes explica que inicialmente a culpa foi colocada em Bigode, o lateral esquerdo da seleção:

 

"Em 1950 culparam em primeiro lugar o Bigode, em segundo lugar o Barbosa e em terceiro lugar Juvenal. O próprio técnico da seleção brasileira culpou o Juvenal, dizendo que ele não fez a cobertura do Bigode nos dois lances que resultaram nos gols do Uruguai. Bom, depois em 1958, quando nós fomos pra Copa do Mundo, houve um problema muito sério, diziam que o Brasil amarelava porque tinha negros no time, que era uma raça que tinha complexo de inferioridade, mas na hora que convocaram, convocaram até 2 jogadores negros pra mesma posição, convocaram o Didi e o Moacir do Flamengo. Então, não dava pra eles usarem da preferência aí, se tirassem o Didi porque era negro, como é que iriam colocar o Moacir que também era negro?".[12]

 

            A culpa atribuída inicialmente a Bigode, foi aos poucos sendo focalizada no goleiro Barbosa. Poder-se-ia aduzir que a posição de goleiro contribuiu para que Barbosa fosse eleito o bode expiatório. O fato é que o ritual foi reatualizado, não importando aqui se foi Barbosa, Bigode, Juvenal, Mendes de Moraes, Flávio Costa.

            Girard afirma que quanto mais o ser humano é crucificado, mais ansioso ele fica para crucificar alguém. "Quando se é crucificado, essa é a única maneira de sentir-se um pouco melhor, ajudando a crucificar outra pessoa".[13] Entretanto, o que nos distingue de outras civilizações é que estamos refletindo sobre esse processo sacrificial. Inúmeros livros foram lançados sobre o drama de 1950. Várias dissertações e teses vêm tentando interpretar o futebol, em relação às questões de racismo e racialismo, poder, discriminação de gênero, entre outras.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

            A mimese nos leva a oprimir pois constantemente somos oprimidos, seja pela coerção, persuasão ou pela sedução.[14] Por que as pessoas se influenciam tanto mutuamente? Ora, é isso que nos torna humanos. O animal tem apenas instinto; o ser humano deseja. E o desejo passa necessariamente pelo olhar do outro. Nós não desejamos alguma coisa por instinto. O ser humano é social, cultural, histórico, psicológico. Seus desejos são historicamente e culturalmente instaurados. Você deseja aquilo que também é desejado por outros. O simbólico é que efetivamente institui o desejo. Se algum objeto tem apenas valor utilitário ou funcional e nenhum valor simbólico, ele será desprezado.

            A mimese nos leva a crucificar os outros, mas o que diferencia a nossa civilização de outras é que sabemos disso. No entanto, os bodes expiatórios de que falamos são sempre os dos outros. Dificilmente, somos capazes de encarar nossos próprios bodes expiatórios. Temos a tendência de sempre culpar o outro e não a nós mesmos. O futebol brasileiro elegeu seus bodes expiatórios, arrependeu-se deles, divinizou-os, e hoje não acredita mais neles, talvez esteja aí um dos segredos do sucesso do futebol brasileiro.

Ainda elegemos bodes expiatórios nas derrotas. No começo, todos nos juntamos contra o bode expiatório, mas de repente, após a sua crucificação, alguns discípulos se arrependem de tê-lo negado, e aí nos convertemos. Obrigado Barbosa, Bigode, Juvenal, Zico, Sócrates, Dunga, Ronaldo, Lazaroni, Telê, Flávio Costa...

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

GIRARD, René. Lições de René Girard na UniverCidade. Rio de Janeiro: UniverCidade, 2001, p.12.

GUEDES, S. L. O futebol brasileiro: instituição zero. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. Rio de Janeiro: Museu Nacional, UFRJ, 1977.

HELAL, Ronaldo; GORDON, César. A Pátria de Chuteiras e a Identidade Nacional. In: VOTRE, S. J. Imaginário & Representações Sociais em Educação Física, Esporte e Lazer. Rio de Janeiro: Ediotora Gama Filho, 2001, p.148.

PERDIGÃO, Paulo. Anatomia de uma derrota. Porto Alegre: L&PM, 2000. p. 186.

SILVA, Carlos Alberto Figueiredo da. Futebol, Linguagem e Mídia: Entrada, Ascensão e Consolidação dos Negros e Mestiços no Futebol Brasileiro (Tese de Doutorado). Rio de Janeiro: PPGEF-UGF, 2002.

______. Relações de sedução entre professores e alunos na educação física e no esporte (Dissertação de Mestrado). Rio de Janeiro: PPGEF-UGF, 1997.

VOGEL, Arno. Apud. PERDIGÃO, Paulo. Op. cit., p. 223.

 


 

[1] GIRARD, René. Lições de René Girard na UniverCidade. Rio de Janeiro: UniverCidade, 2001, p.12.

 

[2] HELAS, Ronaldo; GORDON, César. A Pátria de Chuteiras e a Identidade Nacional. In: VOTRE, S. J. Imaginário & Representações Sociais em Educação Física, Esporte e Lazer. Rio de Janeiro: Ediotora Gama Filho, 2001, p.148.

[3] Cf. SILVA, Carlos Alberto Figueiredo da. Futebol, Linguagem e Mídia: Entrada, Ascensão e Consolidação dos Negros e Mestiços no Futebol Brasileiro (Tese de Doutorado). Rio de Janeiro: PPGEF-UGF, 2002.

[4] PERDIGÃO, Paulo. Anatomia de uma derrota. Porto Alegre: L&PM, 2000. p. 186.

[5] Ibid. p. 213.

[6] VOGEL, Arno. Apud. PERDIGÃO, Paulo. Op. cit., p. 223.

[7] GIRARD, René. Op. cit.

[8] Correio da Manhã, 18 de julho de 1950.

[9] Tribuna da Imprensa, 17 de julho de 1950.

[10] Anuário Esportivo Brasileiro, edição de 1950. Apud. PERDIGÃO, Paulo. Op. cit.

[11] Cf. GUEDES, S. L. O futebol brasileiro: instituição zero. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. Rio de Janeiro: Museu Nacional, UFRJ, 1977.

[12] Cf. SILVA, Carlos Alberto Figueiredo da. Op. cit., 2002, p. 158.

[13] GIRARD, René. Op. cit.  p.24.

[14] Cf. SILVA, Carlos Alberto Figueiredo da. Relações de sedução entre professores e alunos na educação física e no esporte (Dissertação de Mestrado). Rio de Janeiro: PPGEF-UGF, 1997.