Professor Carlos Alberto Figueiredo da Silva - Escritor do Livro Racismo no Futebol




Textos de alunos

Carlos Alberto Figueiredo da Silva



TEXTOS EM EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE & LAZER


Trabalhos produzidos pelos alunos do curso de Educação Física e do curso de Treinador de Futebol do CENTRO UNIVERSITÁRIO DA CIDADE (UniverCidade).

SUMÁRIO


Reflexos e reflexões sobre o espelho na sala de ginástica
por Ione Paula Rocha

Aristóteles e Platão jogando vídeo game
por Daniel Corrêa de Matos

Para onde foi a capoeira?
por Leandro M. Pacheco

O boxe das idéias
por Leandro M. Pacheco

O moleque e a bola
por Paulo Kastrup Albuquerque

O que é educação física?
Vários

A trilha do conhecimento
por Valber Moraes Garcia

Educação Física Progressista: um resumo crítico do livro de Paulo Ghiraldelli
por Iris Lima

REFLEXOS E REFLEXÕES SOBRE O ESPELHO NA SALA DE GINÁSTICA


Ione Paula Rocha

Introdução
O que nos levou a fazer esta pesquisa foi a necessidade de ministrar aulas de ginástica num espaço em que não dispunhamos de espelho. Desta forma, uma série de reflexões surgiram , tais como: é fundamental a utilização do espelho nas aulas de ginástica? Uma aula de ginástica realizada num ambiente sem espelho é menos motivante para os alunos? O professor encontra dificuldade em ministrar a aula sem o espelho? A falta do espelho interfere na performance do aluno? Por que alguns professores afirmam que o espelho é de fundamental importância para a aquisição de uma consciência corporal? A utilização do espelho leva a uma consciência corporal ou a uma padronizão dos movimentos?

Estas e outras questões foram nos incomodando cada vez mais e, quanto mais nos incomodavam, mais necessidade de respondê-las nós tinhamos. Sendo assim, esta pesquisa é uma maneira de tentar resolver nossos próprios conflitos; pois, num primeiro momento, tivemos a impressão de que ao oferecer aulas de ginástica sem o espelho estávamos enganando os alunos. Entretanto, no desenvolvimento das mesmas, percebemos que eles não sentiam tanta falta do espelho. As nossas dúvidas, não obstante, permaneceram e assim decidimos realizar um trabalho junto com os alunos, no sentido de captar suas impressões sobre o assunto.

Alguns autores (Gaiarsa, 1984; Gomes, 1997; Novaes, 1996; entre outros) abordam o tema espelho de diferentes maneiras. No entanto, não encontrei nessas abordagens resposta para o nosso principal problema.

O problema
A utilização do espelho nas aulas de ginástica é de fundamental importância para a aquisição de uma consciência corporal?

Objetivos
1. Identificar, descrever e compreender a representação que alunos de ginástica constroem do espelho no ambiente onde eles praticam suas atividades;
2. Verificar a necessidade da utilização do espelho nas aulas de ginástica, a partir dos relatos colhidos na pesquisa.

Relevância
Na medida em que este trabalho avançar, acreditamos que poderemos captar as impressões desses alunos e, assim, melhorar a compreensão sobre a representação que os atores sociais fazem do espelho na sala de ginástica. Por conseguinte, este trabalho tem a pretensão de compreender as representações dos alunos e descrever suas visões, a fim de interpretá-las e dar-lhes significado.

Metodologia
Trata-se de um estudo de caso com uma abordagem qualitativa, dando maior importância à compreensão do fenômeno do que à sua explicação. O trabalho priorizará a visão dos atores sociais, ou seja, tentaremos observar não a partir do ponto de vista deles, mas junto com eles.

Instrumento para a coleta dos dados
Entrevista semi-estruturada, que, no entanto, permiti fugir do roteiro pré-estabelecido, caso as opiniões do ator social apresente relevância para o esclarecimento das questões que norteiam esta pesquisa.

Revisão da literatura

"Nos deram espelhos e vimos um mundo doente" (Renato Russo).

Segundo Novaes (1996), a utilização do espelho é fundamental para podermos desenvolver uma conscientização corporal. Em suas palavras: "Outro ponto importante a ser destacado é o trabalho educativo de conscientização corporal. O aluno deve perceber durante os exercícios o posicionamento do corpo em relação ao espaço e das partes ou segmentos do corpo entre si, a fim de poder aprimorar o movimento e o domínio do corpo. É claro que neste processo o uso do espelho é fundamental para podermos orientar e incentivar a auto-correção dos exercícios" (p.26).

Esta idéia de Novaes não está ratificada por uma pesquisa empírica. Na verdade, ele expressa uma opinião própria, visto que no seu artigo esta é a única referência ao espelho. Além disso, parece haver uma contradição quando ele diz que: "No contato mais íntimo com o mercado da localizada, podemos afirmar que em poucas academias, observamos turmas que tenham domínio do corpo e que buscam a perfeição dos exercícios executados durante a aula" (p.26).

Ora, se em todas as academias existem espelhos e mesmo assim somente em algumas turmas os alunos apresentam domínio do corpo, será que o espelho é tão importante?

Por outro lado, que preocupação exagerada com a perfeição dos movimentos é essa? Plasticidade? Onde está a preocupação com a consciência corporal? A consciência corporal passa pela fase do espelho?

O espelho mágico
Gaiarsa (1984) em seu livro O Espelho Mágico: um fenômeno social chamado corpo e alma afirma que poucas pessoas se vêem verdadeiramente no espelho. Ele diz "Todos os espelhos são mágicos. Mostram apenas o que queremos ver" (p.25). Para Gaiarsa, as pessoas olham para o espelho a fim de ver se o cabelo está penteado, se a barba está comprida etc., e por isso o espelho não serve para nos mostrar nossa face. "Quando olhamos para o espelho, fácil e inconscientemente desfazemos expressões que poderiam desdizer das que os outros vêem. Se prestássemos atenção àquela face, na certa estranharíamos (...) Por isso olhamos pouco para o espelho. Quando olhamos fazemos a cara que nos apraz ou vemos a cara que nos convém"(p.25).

Gaiarsa não incentiva que nos olhemos no espelho. O que ele diz é que poucos se olham para se conhecer realmente. Tomamos, então, uma postura que nos agrada, ou seja, vemos a imagem que nos convém, a imagem agradável de nós mesmos.

Narciso e o espelho das águas
O mito grego tem várias interpretações; entretanto, uma passagem desse relato é comum. Narciso ao ver sua imagem refletida num espelho d'água límpida e cristalina fica fascinado pelo que vê. Ele é seduzido por sua própria imagem refletida e fica imobilizado, permanecendo à beira do lago até morrer. Mas isto ocorre em função de um castigo que lhe fora imputado pelos deuses, em virtude de ele ter desprezado a ninfa Eco.

O que aflora neste relato é a utilização do espelho como uma forma de fascinar Narciso e assim prendê-lo à beira do lago para que ele, sem possibilidade de se locomover, morresse de debilidade.

E o que fascina Narciso? É a sua própria imagem irreal; a imagem idealizada que fez de si mesmo. Assim como Narciso esqueceu a si mesmo e ao mundo que o rodeava, a pessoa fascinada parece estar num transe (...) Eco é o outro para Narciso, mas este não reconhece nem estabelece relação com o outro. Desta maneira, a construção da identidade fica limitada a sua própria imagem; uma imagem irreal. Narciso não interage com Eco; fica impossibilitado de se encantar pelo outro, de se fragmentar e de se (re)-unir mais forte. Narciso se fascina por sua própria imagem refletida e assim morre (cf. DaSilva, 1997).

Etnografia de um encontro
Encontramos com Francis num desses dias em que parece que tudo acontece de forma pré-determinada. Há muito tempo não o víamos. Francis trabalha com ginástica desde a época em que ainda cursava a faculdade de educação física.

Paramos para conversar e colocar em dia as experiências que vivenciamos todos esses anos. Falamos-lhe que estávamos realizando uma pesquisa a respeito da utilização do espelho na sala de ginástica. Francis demonstrou interesse pelo tema e propôs nos auxiliar na pesquisa.

Assim, decidimos fazer uma entrevista livre com ele. Ao relembrar o início de sua carreira, ele disse que era aluno de uma academia e solicitaram-lhe que substituísse o professor, pois o mesmo ficaria ausente durante um mês.

Francis topou o desafio e esta experiênica acabou por levá-lo a ingressar numa escola de educação física. Nas primeira aulas em que atuou como professor, ele procurava imitar o professor ausente. Após ingressar no curso de educação física, retornou à academia e buscou um estilo próprio.

Francis disse que sua relação com o espelho se modificou durante o seu desenvolvimento como profissional de educação física. Inicialmente, o espelho era utilizado como o elemento mais importante da sala de ginástica. Com o tempo isto foi se alterando. Francis diz que: "Dar aulas só usando o espelho é muito fácil. No entanto, as pessoas que ficam mais atrás não conseguem acompanhar e eu sentia necessidade de virar de frente para a turma e não ficar o tempo todo dando a aula de costas. Quando eu virava de frente para a turma, a turma dobrava. Parecia mais fácil ir de costas até a aluna que estava precisando de auxílio. Eu tinha uma dificuldade muito grande em virar de frente para a turma".

Francis relata então que o espelho o deixava distante dos alunos e que isso o incomodava. "Eu sempre tive no espelho uma distância muito grande. O espelho me deixava distante dos alunos. Então, eu me acostumei com essa distância, mas eu precisava ter mais contato com os alunos. Parece que eu demorava 365 dias entre parar de olhar o espelho e virar para a turma".

Francis diz também que o espelho é uma maneira de proteção e aqueles professores que o utilizam como principal elemento da sala, de fato são inseguros. "No início de minha profissão o espelho era tudo. Depois quando eu senti necessidade de sair do espelho eu vi que não era tudo isso e que o contato fora do espelho era muito importante também. Hoje, eu considero o espelho o acessório da aula que tem menos valor. Pois é muito mais importante o contato direto com o aluno. Os alunos que ficam atrás são mais tímidos, menor capacidade motora e necessitam de mais atenção. O professor perto, ao lado do aluno é essencial. Eu acho que tem que acabar esse negócio do professor lá na frente e quem pegar pegou. Acontece que muitos acabam desistindo se não houver essa preocupação do professor em se libertar do espelho e em auxiliá-los diretamente. Uma aluna certa ver disse que quando eu dançava na frente do espelho era só eu e eu mesmo, que eu olhava só pra mim e esquecia a turma. A partir desse comentário eu passei a refletir e mudei meu comportamento".

Conclusão
Acreditamos que a consciência corporal é um saber sobre o próprio corpo, que se edifica a partir do movimento vivido e refletido. A partir da reflexão sobre o movimento vivificado adquirimos um saber consciente desse movimento. Assim, ao refletirmos sobre o irrefletido passamos a uma consciência corporal e nos autodeterminamos pela reflexão. O que se busca na aula de ginástica cujo objetivo é a aquisição de uma consciência corporal, com ou sem a utilização do espelho, não é apenas um reflexo pois a imagem refletida não nos permite uma reflexão sobre o movimento corporal. O que se busca numa aula de consciência corporal é a reflexão sobre o movimento irrefletido, e não apenas o reflexo que o espelho proporciona do movimento.

Bibliografia
FIGUEIREDO, Carlos. Apontamentos de aula. Rio de Janeiro, RJ, Univer-Cidade, 1999.
DaSILVA, Carlos A. Figueiredo. Relações de sedução entre professores e alunos na educação física e no esporte (dissertação de mestrado). Rio de Janeiro, RJ, PPGEF-UGF, 1997.
GAIARSA, José Ângelo. O espelho mágico: um fenômeno social chamado corpo e alma. São Paulo, Summus, 1984.
NOVAES, J. & S. R. Alunos novos na ginástica localizada: uma análise didático-pedagógica. Rio de Janeiro, RJ, Sprint, 1996, vol II, n. 49, p. 24-26.

Agosto de 1999

ARISTÓTELES E PLATÃO JOGANDO VÍDEO GAME


Daniel Corrêa de Matos

Em um belo dia da atualidade, um cientista inventou uma máquina que materializaria o espírito de pensadores do passado, pois trabalhara a vida toda para descobrir a verdade sobre a aprendizagem humana e nunca chegara a uma conclusão.

Ligou sua máquina e de repente, de um lugar muito distante, surgem nada mais, nada menos que Aristóteles e Platão. Após os identificar e explicar por que os tinha convocado e tudo mais, o cientista começou a ouvir as considerações dos dois a respeito da aprendizagem. Depois de horas de discussão; nenhuma conclusão. O cientista tinha visto que nenhum dos dois possuía uma resposta que se adequasse ao nosso tempo.

Os filósofos ficaram intrigados com imagens da gente pequena dentro de uma caixa quadrada; eles haviam passado pelo quarto do filho do cientista, que estava jogando vídeo game, e o menino os convidou a participar. Foi quando o cientista se tocou e viu que se algum dos dois tivesse o conhecimento real sobre a aprendizagem humana este se sobressairia sobre o outro. Foi assim que começou a disputa.

Primeiro Aristóteles, que observara o menino jogar, tentou alegando que seria muito fácil pois já havia feito uma configuração dos objetos e criado uma imagem mental a partir dos sentidos. Aristóteles, enquanto jogava, proclamou a frase "nada está na mente que não tenha passado antes pelos sentidos". Tentou mas conseguiu pouco, pois o jogo não era uma constante, os inimigos agiam de forma diferente do que haviam agido com o menino.

Logo depois e muito risonho da desgraça de Aristóteles, Platão tentou dizendo que os homens teriam habilidades inatas; então para ele seria fácil resolver o problema. Após exatos 60 segundos, Platão, que não conseguira avançar em relação a Aristóteles, desistiu. O cientista viu que as habilidades inatas de Platão deveriam funcionar para o tempo dele, não para hoje.

A questão continuara pendente até que de repente todos ouvem um barulho vindo da máquina. Eis que surge Jean Piaget. Ele resolveu tentar também o vídeo game e conseguiu chegar bem longe. Alegou que foi através da ação sobre os objetos, sua transformação, construção e reconstrução mental que o possibilitou ir até ali, mas infelizmente ele também não conseguiu chegar ao final do jogo.

Após toda essa disputa e cansado dos teóricos, o cientista desmaterializou os três e chegou a conclusão que Aristóteles e Platão deixaram a desejar em relação ao processo de percepção que os indivíduos realizam da realidade.

Piaget também não obteve 100% da verdade, caso contrário ele teria chegado ao fim do jogo. O cientista percebeu que muita coisa não podia ser explicada pelos grandes teóricos. Assim, o estudo continua. O cientista está pensando em se materializar na época de cada um dos pensadores e, a partir do contexto onde eles vivem, tentar compreender como chegaram às teorias. Desta forma, ele talvez consiga algumas respostas para o nosso tempo. O estudo continua...

Agosto de 1999

PARA ONDE FOI A CAPOEIRA?


Leandro M. Pacheco

Se formos analisar a evolução da capoeira na perspectiva piagetiana - que revoluciona a concepção da percepção e da aprendizagem humana - ou seja, como um processo ativo de construção e reconstrução contínua, veremos que em toda a história da capoeira isso é uma constante, do início até os dias de hoje.

Piaget trabalha com a idéia de que o ser humano capta ou percebe a realidade de uma forma ativa. De fato, ele diz que inicialmente apreendemos a realidade utilizando o pensamento figurativo, mas este processo é apropriado pelo pensamento operativo que não é estático. Cai então por terra aquele conceito de que apenas percebemos de uma forma estática a realidade e, por um processo de imitação, formamos imagens mentais; mas, de fato, somos peças fundamentais no processo de criação.

A capoeira original, que foi criada como forma de resistência e expressão de liberdade por parte dos escravos, ao ser passada de mestre para discípulo, foi se transformando. As mudanças efetivamente vieram a produzir novas manifestações que atualmente são aceitas e conhecidas por uma parcela da população.

Hoje temos a capoeira de Angola (a mais tradicional), a de Pastinha (que procura no capoeirista agilidade e destreza - "malandragem" - e percepção; e a Regional de Bimba (onde se valoriza o lado de luta e foi criado o "jogo de pernas", tendo alcançado o status de Arte Marcial brasileira).

Fora isso, já foram desenvolvidos, por alguns mestres, outros estilos de capoeira, ou seja, variações de acordo com o próprio ponto de vista de cada um. Exemplos disso são: a capoeira Barravento, a capoeira Primitiva e a capoeira Estilizada, entre outras. Sendo estas não tão bem aceitas quanto a Regional e a de Angola.

A capoeira hoje é bem diferente do que era quando de suas primeiras manifestações e também apresenta variações que são diferentes de grupo para grupo, apresentando dimensões que passam pela arte, cultura, luta, esporte, show, filosofia de vida etc. Isto ratifica as idéias de Jean Piaget quanto ao processo de percepção da realidade. Ou seja, os seres humanos não apenas seguem normas (modelos), mas efetivamente interpretam-nas e lhes dão significado.

Agosto de 1999

O BOXE DAS IDÉIAS


Leandro M. Pacheco

Num Sábado à noite, um estádio foi fechado para o grande duelo do século. De um lado a Psicologia Sensual Empirista; do outro, a Psicilogia Genética. Muitos sábios e estudiosos esperavam ansiosos por essa disputa. Os competidores já estavam dentro do ringue, munidos pelo aspecto energético da ação (função afetiva) e pelas formas de estruturação e organização da ação (função cognitiva).

Soa o gongo e começa o combate. Nesse primeiro round, a Psicologia Sensual Empirista, domina, utilizando sua forma de pensamento figurativo. Percebe os golpes e movimentos do adversário, imita-o, criando, assim, um padrão, uma imagem mental.

Mas a Psicologia Genética não se entregaria tão facilmente. Seu técnico, Jean Piaget, já esperava por isso, então, treinou-a de forma que ela agisse sobre as situações contingentes, transformando-as, construindo-as e reconstruindo-as mentalmente.

Isso mesmo; era tudo um plano. Enquanto aguentava os duros golpes de seu adversário, a Psicologia Genética utilizava seu pensamento operativo, percebendo e raciocinando em cima dos mesmos, pois esse pensamento é composto por ações sensório-motoras, ações interiorizadas e operações mentais. Reparou que seu oponente apenas realizava uma cópia da realidade e o nocauteou. Na entrevista, ao final do combate, depois de ser premiado disse: "o homem que não cria, não vence na vida".

Agosto de 1999

O MOLEQUE E A BOLA


Paulo Kastrup Albuquerque

Apaixonado apreciador do futebol, tenho, ao longo destes anos de existência, gasto uma boa soma de 90 minutos, com este fabuloso esporte bretão! Dentre as lições que aprendi, acho que a mais importante de todas, obtida durante estes valiosos minutos em que meu olhos, hipnotizados, acompanharam a mágica esfera, foi aquela que, simplesmente, diz: futebol é história e cultura.

Para aquelas pessoas que duvidarem desta afirmação, e tenho certeza de que algumas duvidarão, resta-me apenas lembrá-las, que nada exemplifica mais a cultura que a diversidade e a alteridade das etnias.

Aquele que tiver a oportunidade de assistir ao bom futebol alemão, certamente ficará impressionado com a organização, quase bélica, das equipes germânicas. Os jogadores alemães se movem como Panzers em ritmo de marcha, desfilam com força para dentro do campo do inimigo, com um único objetivo: VENCER! A exemplo da cultura alemã, as seleções daquele país não são formadas só de brutalidade e organização. Há também, uma grande dose de lirismo, quase que musical, como Beethoven, ou melhor, quase barroco, como Bach, afinal o preciosismo técnico de jogadores como Breitner e Beckenbauer, sempre deu ao futebol alemão aquela arte e sem ela os alemães não teriam levantado o caneco três vezes. Nem só de batalhas vive o povo alemão. A filosofia e o espírito romântico sempre estiveram presentes na cultura daquele povo que nos deu Hegel e Goethe.

Pela esquerda os alemães atacaram de Overarth, Stielike, e Breitner, mas também contra-atacaram com Marx. E, se pela direita, Seller e Muller marcaram inúmeros gols, Nietzche desenvolveu, através de Zaratustra, teorias que nem o mais radical companheiro pode deixar de respeitar. E se a filosofia e a inteligência estiveram tão presentes no pensamento alemão, dentro de campo quebrou a Hungria em 54 e enguiçou a Laranja Mecânica, vinte anos depois.

Quem pode não ver sedução nas equipes italianas? E olha que não falo aqui dos olhos de Roberto Bettega, que nos deixaram, homens, enciumados quando as mulheres se tornaram fanáticas pelo Cálcio, pelo menos enquanto a Azzura jogava! Aliás a Itália sempre jorrou sedução. Exemplos não faltam: Sophia Loren, Claudia Cardinalle, Ornella Mutti, ou simplesmente uma "ragazza" qualquer, que nos chama a atenção ao buscarmos algo na TV a cabo e parar na Rai. A parada se torna, obrigatória!

Cerezzo, por exemplo, deve ter ficado completamente seduzido pela forma italiana de jogar, ao entregar aquele passe ao sedutor Paolo Rossi. O nosso Toninho entregou a bola a Rossi, como se entrega flores a pessoa amada e o italiano seduziu a generosa defesa brasileira, por três vezes, afinal sedutor que é sedutor, dissimula, aproxima-se da baliza do adversário e põe a bola lá dentro.

O futebol argentino, a exemplo de todo o povo da Bacia do Prata, é aguerrido, muitas vezes até demasiado. Assim são os caudilhos na vida, sempre prontos para virar o jogo, como o Uruguai fez em Cinqüenta, seja na bola, ou seja no tapa, mesmo que este seja nela mesma, como fez Maradona, contra a Inglaterra. Dieguito contudo, pôs os soldados da rainha para dançar o tango, partindo ao meio aquelas cinturas duras dos Bobs britânicos.

O futebol africano é como a África negra. O vigor físico é aliado a um ritmo inigualável! Há também uma grande dose de magia, black magic, mas a inocência ainda é uma forte característica daquele continente e submetidos pela brutalidade do homem branco, os jogadores africanos ainda se deixam seduzir e "erros" no final do espetáculo têm sido constantes, como os cometidos pela equipe dos Camarões na Copa de 86, quase no finzinho do jogo, contra o nada inocente "scratch" inglês. Aliás, este sempre alto, forte, bom de "porrada" e nada mais. Foi esta mesma inocência, que eliminou a Nigéira em 94, quando foram submetidos, quase no fim, pela sedução de Roberto Baggio.

E o futebol brasileiro? Qual é a identidade deste futebol, tetra-campeão do mundo, mulato, sem muitos recursos materiais, mas cheio de malícia e com aquele jeitinho que acerta o tempero na feijoada ou no bobó e o pé na hora do gol. É um futebol multi-cultural. Herdamos o vigor e a magia da mãe África, a malícia do pai português e a eficaz adaptabilidade do filho nativo. E se a cultura brasileira é multi-facetada, dentro de campo, apenas a face de Joãozinho me vem a memória quando penso no nosso futebol. Quem lembra dele? Era um mameluco de estatura mediana, mais para o magro, e que endiabrava seus marcadores, como pivetes endiabram os meganhas nas ruas de Rio e São Paulo. Joãozinho driblava os laterais, como o brasileiro dribla as crises e apesar de um físico meio franzino, vez por outra fazia seus gols e, quase sempre, generoso como todo bom brasileiro, dividia seus feijões de glória servindo a seus companheiros cruzamentos para que estes marcassem.

Joãozinho é a cara do brasileiro comum que com toda a sua habilidade, malícia, magia e um adorável jeito moleque consegue se adaptar e criar, em meio a toda miséria que lhe é exposta. Não fosse a truculência, a falta de escrúpulos e a corrupção dos donos da bola, certamente seríamos sempre os melhores do mundo. Mas será que aqui falamos de algum General ou de algum Almirante? Falamos de cartolas ou simplesmente do "Mercado"? É... esse Brasil tem mesmo mil faces.

Fevereiro de 2000

O QUE É EDUCAÇÃO FÍSICA?


Edmilson Silva

Educação Física é a disciplina que oportuniza a liberdade, percebendo o corpo como um todo e tendo-o como elo essencial dos processos sociais, culturais e psicológicos.

O QUE É EDUCAÇÃO FÍSICA?


Simone Curi

É a prática pedagógica de atividades físicas, com base na relação que existe entre o exercício físico, a aptidão física e a saúde. Existe em função do indivíduo enquanto ser individual e social.

O QUE É EDUCAÇÃO FÍSICA?


José Saraiva do Nascimento

Processo dinâmico que se desenvolve através de princípios éticos, estéticos e corporais, com o objetivo do pleno desenvolvimento do corpo como um todo.

Agosto de 1999

A TRILHA DO CONHECIMENTO


Valber Moraes Garcia

Em uma noite chuvosa o jovem João Caetano, 16 anos, carioca, estava em seu quarto deitado sobre sua cama, ouvindo um disco, do guitarrista Jimi Hendrix, que havia encontrado nos pertences de seu pai, e pensando na difícil decisão que deveria tomar na manhã seguinte.

Ele havia ganho, de sua madrinha, um violão pela data de seu aniversário, que acontecera há mais ou menos um mês.

Durante a semana o jovem rapaz pesquisou pela cidade uma escola, ou instituto, onde pudesse desenvolver aulas para obter maior conhecimento sobre a arte de manusear tal instrumento. Ele havia encontrado duas escolas, porém com estilos bem diferentes.

A primeira era Aristotalsinfônica, que optava em seu programa educacional a forma clássica como aprendizado. Propondo ao aluno a reprodução dos acordes de maneira fiel ao ensinamento passado. E a Platõ&SOLOS, que abordava de maneira inversa ao método de aprendizado utilizado pela primeira. Ela esperava que o aluno aprendesse seguindo sua própria intuição musical.

Por ter percorrido quase toda cidade atrás das escolas, João Caetano encontrava-se totalmente cansado e pegou no sono sem perceber que a vitrola, automática, em seu quarto tinha recomeçado a tocar o disco.

Embalado, novamente, pela trilha sonora de Jimi Hendrix, João Caetano começou a sonhar que estava matriculando-se em uma escola musical, mas não conseguia visualizar o nome da mesma. Só sabia que ela detinha as duas vertentes, embora em classes separadas.

No balcão de preenchimento dos dados pessoais ele deparou-se com outro aluno fazendo a matrícula. Para sua surpresa, o rapaz ao seu lado tratava-se nada mais nada menos do que Jimi Hendrix.

Com o susto, ele, permaneceu alguns instantes calado. Após recuperar-se, tomou fôlego e perguntou, ao então calouro musical, o que ele estava fazendo ali?

Jimi virou-se para João e disse:
- Vim aprender a tocar violão!
- Mas como? : Indagou João.
- As pessoas acham o que eu faço não é música. Falam que são distorções sem nexo. Então resolvi aprender os acordes tradicionais.
- Mas você é um mestre da guitarra! Eu vou seguir outro estilo e vou fazer uma música igual a sua!
- Boa sorte! Exclamou Jimi.

Com seu ídolo passando para o outro lado, João Caetano ficou um pouco frustrado mas seguiu em direção à sua sala.

Depois de alguns meses eles encontraram-se no corredor:

- Como estão as aulas? Perguntou Jimi.
- Estão boas. Só que eu não consegui atingir meu objetivo ainda!
- Por que não?
- Eu estudei tanto seu estilo que acabei copiando suas músicas ao invés de criar a minha própria música!
- Sabe eu também estou tendo dificuldades!
- Você?
- É, embora eu tente copiar os acordes passados, sempre interpreto da minha maneira e acabo sempre criando uma nova versão.

Neste momento passava pelo corredor o dono da escola e Maestro Jean Piaget, que escutou a conversa dos alunos e parou:

- O que está acontecendo meus jovens é que embora vocês tenham escolhido um estilo, este estilo talvez não seja o que vocês realmente queiram. Por isso a dificuldade do aprendizado.
- Como? Explique melhor! Pediu João.
- Venham até minha sala!

Os três encaminharam-se para a sala do Maestro e lá ele começou a explanar:

- Nossas condutas são baseadas em duas funções: a afetiva e a cognitiva. A função afetiva é o aspecto pelo qual leva o indivíduo a realizar as coisas. Só que esse desejo pode estar subentendido de maneira errônea no cérebro de vocês, por várias razões. E a função cognitiva refere-se às formas de estruturação e organização da conduta, que determina como o indivíduo vai se relacionar com o aprendizado. Por isso deve estar bem claro para ele a função afetiva, pois somente com ela bem resolvida é que o sujeito vai poder construir seu conhecimento de maneira plena. O que não esta sendo o caso de vocês!
- Sabe, o senhor tem razão! Exclamou Jimi. Pois o que eu realmente sei é tocar improvisando e criando novos solos. Eu só estava aqui para agradar na verdade a vontade alheia e não a minha.
- E eu entrei com a ânsia não de aprender, de construir, mas de fazer aqueles solos maravilhosos. Mas que embora maravilhosos não eram meus e sim do Jimi.
- Isto, vocês estão compreendendo. Vocês acabaram de definir suas condutas afetivas. Com isso vamos passar para a função cognitiva, que busca a estruturação dos esquemas mentais, como disse anteriormente. O João Caetano identifica-se mais com o pensamento figurativo, que baseia-se na configuração estática dos objetos e acontecimentos, tal como é percebida pelos sentidos. Já o Jimi identifica-se mais com o pensamento operativo, por sua vez, é aquele que age sobre os objetos e acontecimentos, transformando-os, construindo-os e reconstruindo-os mentalmente.: Voltou a explanar o maestro.
- Mas qual dos dois está certo? Indagou Jimi
- Os dois, porque o conhecimento figurativo e o operativo estão funcionalmente ligados:
O conhecimento figurativo fornece elementos que constituem a matéria-prima para que o conhecimento operativo se realize;

As transformações no conhecimento operativo acarretam mudanças no conhecimento figurativo posterior, isto é, as transformações nos conceitos ou esquemas operativos elaborados a partir dos elementos fornecidos pelas percepções acarretam mudanças nas percepções subseqüentes.
- Assim sendo, a formação do conhecimento figurativo depende da atividade operativa do sujeito, transformando-se em função dela. Mas também o pensamento operativo se realiza e se desenvolve a partir das informações figurativas. E para provar isto tenho um convite a fazer: - Qual? Perguntaram os dois.
- Quero que vocês participem do concerto de final de ano da escola. Assim um poderá dar base para o outro.

João Caetano mal podia acreditar, tocar no mesmo palco que Jimi Hendrix. Na manhã seguinte, João foi acordado por sua mãe, que o apressava, pois ele iria perder a hora da matrícula, seja qual escola ele tivesse escolhido. João ainda tentou falar sobre o sonho mas sua mãe o interrompeu dizendo:

- Vai ver se tem algo na caixa do correio!

Ele levantou a tampa da caixa do correio e lá no fundo achou um encarte com o seguinte dizer:

"ESCOLHA BEM SEU OBJETIVO E VENHA CONSTRUIR O SOM" ESCOLA MUSICAL PIAGETGUITAR.

Março de 2000

EDUCAÇÃO FÍSICA PROGRESSISTA: UM RESUMO CRÍTICO DO LIVRO DE PAULO GHRALDELLI


Iris Lima

Resumo crítico

Este trabalho de Paulo Giraldelli tenta levar o profissional de Educação física a repensar sobre as práticas extremamente tradicionais ligadas a essa área, buscando formas mais progressistas, onde conteúdos envolvidos com a realidade do aluno viessem a ser colocados, ajudando-o a compreender criticamente aquela e fazendo-o reconhecer e envolver-se com seu próprio papel dentro da sociedade.

O autor mostra a Educação Física, durante os vários períodos históricos brasileiros, como um instrumento ideológico das classes dominantes. Classifica assim,a Educação Física em cinco tendências: a Educação Física Higienista (até 1930); a Educação Física Militarista (1930-1945); a Educação Física Pedagogicista (1945-1964); a Educação Física Competitivista (após 1964) e a Educação Física Popular.

A Educação Física Higienista dava ênfase à saúde, procurando formar homens fortes e saudáveis, buscando livrar a sociedade das doenças infecciosas e vícios que prejudicam a saúde e o caráter do homem e consequentemente da sociedade. Os padrões de conduta da juventude robusta de uma elite social é colocada como paradigma para todos os indivíduos.

A Educação Física Militarista tinha uma concepção que visava impor a toda sociedade os padrões de comportamento próprios da disciplina militar. Também se preocupava com a saúde mas, seu maior objetivo era formar homens fortes, prontos para o combate e a luta. Estabelecia um processo de seleção eliminando os fracos e premiando os fortes, buscando indivíduos aptos a transformarem-se em "cidadãos-soldados", prontos a obedecer cegamente e a servir de exemplo para o restante da juventude.

A Educação Física Pedagogicista propunha-se educativa. Preocupada com a juventude que freqüentava a escola, usava a ginástica, a dança, o desporto etc., como instrumentos capazes de levar o aluno a aceitar as regras básicas de convívio democrático, preparando-o para o altruísmo e o culto à riqueza nacional.

Na Educação Física Competitivista vemos, como na militarista, o ranço da hierarquização e elitização social. Esta cultua o atleta-herói, aquele que apesar de todas as dificuldades consegue chegar ao pódium. Buscava através da prática desportiva massificada, a formação de grandes atletas. Era também um meio das classes dirigentes buscarem a desmobilização da organização popular, canalizando energias para o "esporte-espetáculo".

Sustentada nas teorias trabalhistas dos movimentos operários e popular, revela-se a Educação Física Popular como uma forma de organização e mobilização dos trabalhadores. A dança, a ginástica, os desportos, os jogos recreativos, et.c, eram praticados de maneira lúdica e cooperativista dando prosseguimento, mesmo nas horas de lazer, à teoria da solidariedade operária.

Vemos pois, durante todos esses anos, a educação física manipulada pelas clases dirigentes de forma a sempre obter o seu objetivo, não permitindo ao homem o exercício de avaliação e crítica. Vemos ainda hoje tais formas de educação física serem praticadas, muitas vezes mesclando várias dessas tendências, dando continuidade ao processo de educação que "cega"e nunca conscientiza o homem.

A proposta do autor neste trabalho, a qual julgo digna de reflexão, muito embora a periodização das tendências deva ser vista com um pouco de cautela, é de fazer brotar no profissional de Educação Física o intelectual que ele deveria ser.

Dentro dessa perspectiva do intelectual, ser pensante, relacioanaria os movimentos humanos aos movimentos sociais. A dança, os jogos, os desportos, estão sempre ligados à cultura e o professor de educação física deve possibilitar aos seus alunos uma atitude reflexiva e crítica das suas vivências dentro da educação física, relacionando-as com a sua realidade social. Esta seria a prática de uma educação física progressista, onde os conteúdos sofreriam uma análise-crítica, ajudando a formar cidadãos conscientes e participativos.

Março de 2000

 
 

livros 
AUTOEXCLUSÃO-EDUCAÇÃO FÍSICA-REALIDADE

Este livro apresenta três estudos realizados no programa de pós-graduação em Ciências da Atividade F
 
sites 

Impacto Sport Marketing Quarterly
Impacto 0.2 The International Journal of the History of Sport
A arte de pesquisar
ABEC
ABED
Acordo Ortográfico
AGENDA 2020 - Comitê Olímpico Internacional
AGENDA 2030 - DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Amor de índio
Índice de Prosperidade dos Países
APA Ajuda on line
Aprenda Idiomas
Aprenda Inglês On line Free
Archivos de Medicina del Deporte
ATLAS DA COMPLEXIDADE ECONÔMICA
B P International publishes
Banco de Teses em Educação Física
Bulletin of Latin American Research
CÂMBIO
CÁLCULO AMOSTRAL
CAPES
Carreira Pública
CDBABY
Centro Esportivo Virtual
CEV BACKSTAGE
Ciências do Esporte
CLIMA
COLETIVO LUTAR E CONSTRUIR
Comunidade França Brasil
Concursos
COUNTRY METERS
CRIAR EMPRESA EM PORTUGAL
Curso de Francês
Custo de vida
DÍVIDA DO MUNDO
DÍVIDA DOS USA
DESCRITORES
DGP CNPq Consulta Parametrizada
Empreendedorismo FAVELA HOLDING
Empreendedorismo GETNET
Empreendedorismo IDEIA NO AR
Empreendedorismo TECNOLOGIAS SOCIAIS
Empreendedorismo VAINAWEB
Empreendedorismo WORDPRESS
Empregos em todo o Brasil
Empregos no UK para professores
ESCOLAS DE INGLÊS NA IRLANDA
FACULDADE DO DESPORTO - UNIVERSIDADE DO PORTO
FALCON EDITING
FASTFORMAT
FCT Portugal
FRANCÊS corretor ortográfico
FUNDO PARA PESQUISA
Geographic information system
Germinal
GLOBAL CITIES INDEX
GOOGLE CERTIFICATES
IDEB
Iguaba
Impact Zeitschrift für Sportpsychologie
Impacto Journal Measurement in Physical Education and Exercise Science
Impacto Journal of Sports Science and Medicine (JSSM)
Impacto Journal Physical Education and Sport Pedagogy
Impacto International Journal of Sport and Exercise Psychology
Impacto International Journal of Sports Marketing and Sponsorship
Impacto Journal of Sport Management
Impacto REVISTA INTERNACIONAL DE MEDICINA Y CIENCIAS DE LA ACTIVIDAD FÍSICA Y EL DEPORTE
Impacto Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte
Impacto 0.6 International Journal of Sport Finance
Impacto 0.6 Science & Sports
Impacto 0.6 Sportverletzung Sportschaden
Impacto 0.7 2018 Impact Factor 0.719 Journal of the Philosophy of Sport
Impacto 0.7 Sport in Society
Impacto 1.23 International Journal of Sports Science & Coaching
Impacto 1.29 Communication & Sport
Impacto 1.3 International Journal of Performance Analysis in Sport
Impacto 1.3 International Journal of Performance Analysis in Sport
Impacto 1.5 Journal of Hospitality, Leisure, Sport & Tourism Education
Impacto 1.6 Journal of Sports Economics
Impacto 1.9 Journal of Sport and Social Issues (JSSI)
Impacto 1.9 Sport, Education and Society
Impacto 2.0 Research Quarterly for Exercise and Sport
Impacto 2.0 The International Review for the Sociology of Sport (IRSS)
Impacto 2.1 Sport Management Review
Impacto 2.2 European Sport Management Quarterly
Impacto 2.2 Journal of Applied Sport Psychology
Impacto 2.3 European Journal of Sport Science
Impacto 2.3 European Physical Education Review
Impacto 2.8 Journal of Sports Sciences
Impacto 2.8 Sports Health: A Multidisciplinary Approach (SPH)
Impacto 6.9 International Review of Sport and Exercise Psychology
Impacto Journal of Sport and Exercise Psychology
Impacto Journal of Teaching in Physical Education
Impacto Sociology of Sport Journal
Impacto South African Journal for Research in Sport, Physical Education and Recreation
Instituto Papai
International Review for de Sociology of Sport
INVERTEXTO
INVESTING
ISBN
Journal of Biosocial Science
Journal of Technology Management & Innovation
JOURNAL SCHOLAR METRICS
KPI INVEST FAVELA
Legislação sobre Inclusão
LIBRARY GENESIS
Livre Docente
Livre Docente decreto
Livro Política de Esportes para a Juventude
Livro sobre o MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO
Livros On Line Projeto Gutenberg
Livros On Line Biblioteca Mundial Digital
Livros On Line Centro Virtual Camões
Livros On Line Domínio Público
Maine de Biran
Marxismo
MEC LEGIS
Menengage
MORE
Motricidade - Revista Portuguesa
Nações Unidas
Núcleo de Pesquisas Aplicadas às Políticas Públicas de Esportes e Lazer
OURO COTAÇÃO
PASSAPORTE PORTUGUÊS EM PORTUGAL
PDF TO WORD
PEARL RESEARCH JOURNALS
PHYSICAL EDUCATION AND SPORT PEDAGOGY
PIB PER CAPITA
PLAGIARISMA
PLÁGIO
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
Plataforma democrática
Portal da Inovação
Portal do cidadão Portugal
Poupança
Projetos Esportivos Sociais
QUALIS
Ranking Mundial das Universidades
Ranking SCImago Institutions Rankings (SIR)
Ranking The World Top Incomes
Ranking TIME
Ranking Top Universities
Raspadinhas
Relatório Objetivos do Milênio
REVISTA ANDALUZA DE MEDICINA DEL DEPORTE
Revista Arquivos em Movimento
Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde
Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde
Revista Brasileira de Ciências do Esporte
Revista Brasileira de Ciências Sociais
Revista Brasileira de Crescimento de Desenvolvimento Humano
Revista Brasileira de Educação
Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (USP)
Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos
Revista Ciência e Movimento
Revista Corpus et Scientia
Revista Cultura, Ciencia y Deporte
Revista de Educação Física (Exército)
Revista Educación Fisica y Deporte
Revista Espacios
Revista Esporte e Sociedade
Revista Estudos Feministas
Revista Etnográfica
REVISTA EUROPEAN JOURNAL OF SPORT SCIENCE
Revista Human Movement
Revista Human Movement Science
Revista Intercontinental de Gestão Desportiva
Revista Internacional de Ciencias del Deporte
REVISTA INTERNACIONAL DE MEDICINA E CIÊNCIAS DEL DEPORTE
Revista Internacional de Medicina y Ciencias de la Actividad Física y del Deporte
Revista International Journal of History of Sport
Revista International Journal of Sport Management
REVISTA JOURNAL OF DANCE MEDICINE AND SCIENCE
REVISTA JOURNAL OF DANCE MEDICINE AND SCIENCE
Revista Journal of Operations and Supply Chain Management
Revista Journal of Physical Activity and Health
Revista Journal of Physical Education and Sports Management
Revista Journal of Teaching im Physical Education
Revista Journal of the Philosophy of Sport
Revista Lecturas Educación Fisica y Deportes
Revista Licere
Revista Linhas
Revista Lua Nova
REVISTA MAIS ANTIGA DA EUROPA (Edições de 1665 a 1946) - Le Journal des Sçavans
REVISTA MAIS ANTIGA DA EUROPA (Edições de 1909 a 2013) - Le Jornal des Sçavans
REVISTA MAIS ANTIGA DA EUROPA (Edições de 2008 a 2017) - Le Journal des Sçavans
Revista Motricidade
Revista Motrivivência
Revista Motriz
Revista Movimento
Revista Pensar a Prática
Revista Physical Culture and Sport Studies and Research
Revista Polis
Revista Portuguesa de Ciências do Desporto
Revista Pulsar
Revista Salusvita
Revista Soccer and Society
Revista Sport, Education and Society
Revista Sportis
Revista the Open Sports Sciences Journal
Revista Veredas
Rio Convention Bureau
SCI HUB
Science & Sports
SCIENCE AND SPORT
SCIENCE AND SPORT
SEER
SF-36
SMALLPDF
Sociedade de Estudos e Pesquisa Qualitativos
Solidariedade Olímpica
Statista.com
Sustainable Brands
Teoria dos memes
The Global Information Technology Report 2009-2010
The Journal of the Leisure Studies Association
The Venus Project
The Zeitgeist Movement
UCINET
Unz Review
WARWICK
WEBQDA
WORDLE
Z Educational Review
Z IJDR
Z Interfaces da Educação
Z International Indigenous Policy Journal
Z International Journal of Humanities and Social Science
Z Journal of Education and Human Development
ZOOM CONFERÊNCIAS

Veja outros..

 

Webdesign e tecnologia by 3ip.